O exato momento da explosão em Santos. Loucura!
Posted by Ubirajara Rodrigues Santos on Quinta, 9 de abril de 2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Explosão em Santos
terça-feira, 31 de março de 2015
Valor de um mandato
Jamais encontrei alguém - especialista ou protagonista - para explicar de maneira convincente o mistério mais transparente do mundo: por que, na obtenção de um emprego, se gasta mais do que se receberá como remuneração? Para conquistar o cargo de deputado federal é preciso, em tese, investir mais do que se chegará a ganhar legalmente. Qual a lógica disso? A resposta cínica é simples: porque alguém paga a conta. Por exemplo, as empreiteiras. Por que pagam? Porque querem e levam algo em troca. Se for assim, o fundamento da coisa está podre desde sempre. É aceitável que seja essa a base?
Segundo os jornais, com base nas informações oficiais, os gaúchos José Otávio Germano, Jeronimo Goergen e Luís Carlos Heinze gastaram 13,7% da despesa total dos 31 eleitos do Rio Grande do Sul. Investiram, respectivamente, R$2,9 milhões, R$2,7 milhões, R$2,5 milhões. A mídia dos demais eleitos foi R$1,2 milhão. Volto à pergunta inicial: por que alguém gasta R$3 milhões para obter um emprego que não paga oficialmente o suficiente para se recuperar em 48 meses de trabalho metade do investido? Resposta pretensamente sábia: o poder compensa. Como? Irregularmente? Engevix, Grupo Odebrecht, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez financiaram parte das campanhas dos gaúchos citados e presentes na lista de Rodrigo Janot.
Em princípio, tudo regular. Mas é justamente de princípio que se trata: se uma empresa aceita gastar tanto para eleger um deputado é porque espera algo em troca suficiente para compensar o valor que foi gasto e muito mais. O quê? Quando? Em que proporções? O eleito, nesse caso, está desde o começo a serviço de quem pagou a sua conta? Se está, não é representante da população, mas de quem o financiou. Ou devemos acreditar que as empresas, prestadores de serviços ao Estado, ajudam nas campanhas por idealismo e amor à democracia?
Partes interessadas devem sempre se declarar impedidas de participar de processos que possam beneficiá-las e prejudicar terceiros. Na democracia das empreiteiras, vigente no Brasil, as empresas que praticamente só fazem negócios com o Estado financiam a eleição dos que fixarão as regras do jogo. A população é convidada a acreditar que não há problema nisso. Nos EUA, normalmente apresentados como modelo para republiquetas bananeiras como a nossa, isso não é permitido. Por que nesse caso o que é bom para os Estados Unidos não é bom para nós?
Talvez a explicação possa ser mais dinâmica: o que é bom para os deputados pode ser muito bom para as empresas e vice-versa, sendo que o bom para deputados e empresas pode não ser bom para os brasileiros. Um exemplo: precisamos aprovar um Código Florestal que seja bom para o agronegócio e para os deputados que representam o agronegócio. Quem se dispõe a representar esses interesses? "Eu" , "Eu também" , "Aqui, atrás, contem comigo" . Fechado. Quanto vai custar a campanha? Não se incomodem. Recurso não vai faltar. Ao trabalho.
Juremir Machado da Silva, 13/03/2015, Correio do Povo
Sergio Tomaz
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domingo, 4 de janeiro de 2015
De Palomas a Punta del Este
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Guarda compartilhada, um gesto de respeito aos filhos
No dia 26 de novembro, o Senado Federal aprovou o projeto de lei que garante a guarda compartilhada nas separações de casais com filhos menores. A decisão se põe de frente a duas questões relacionadas: o mito do amor materno e a alienação parental. A regra até então vigente tinha como base a ideia de que as mulheres são mais capazes do que os homens de cuidar de uma criança. Essa falácia prosperou com o surgimento da sociedade industrial.
Quando as grandes famílias agrícolas constituídas por pais, filhos,avós e tios foram para as cidades, elas se fracionaram em famílias nucleares, formadas apenas pelo casal e pelos filhos. Nessa nova ordem social, o pai se tornou um operário que saía de casa para garantir o sustento da família, enquanto a mãe assumia como tarefa exclusiva o cuidado da prole, gerando-se um novo paradigma: o do instinto materno, alicerce da orientação legal que atravessou os séculos XIX e XX.
O mito de que o amor pelo filho é um sentimento inerente à condição feminina aparentemente foi uma forma de a sociedade compensar a desvalorização da mulher, em particular pela sua dedicação exclusiva ao trabalho doméstico. Dessa forma, procurou negar que o amor materno, assim como o paterno, é conquistado no convívio com a criança, podendo variar de acordo com a cultura e as condições psicológicas dos pais.
Na verdade, a biologia não é suficiente para
estabelecer um vínculo de amor entre a mãe e seu filho, o mesmo valendo para o pai. Da mesma forma, não é a tolerância sexual dos pais que os capacita para exercerem as funções indispensáveis ao desenvolvimento de uma criança. O que não pode faltar a uma criança é o amor, sob pena de ela se tornar um corpo desabitado, um ser sem alma.
A guarda conferida pela lei atual a um dos genitores coloca o outro numa posição secundária em relação aos filhos, o que contribui para o estabelecimento da alienação parental. Esse fator tem demonstrado constituir-se num verdadeiro crime contra os sentimentos dos filhos e dos pais cujo convívio foi dificultado ou impedido pelo cônjuge que detinha a guarda.
Gley P. Costa
Médico psiquiatra e psicanalista
Jornal Zero Hora, 3/12/2014
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quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Bem- vindo ao poder, Sartorão da massa
O silêncio da transição gaúcha é preocupante. Estilo Sartori, é a explicação. Legítimo, mas contestável. A sociedade tem o direito - e o dever - de acompanhar o que acontece na formação do governo. Nós, cidadãos, que votamos ou não na proposta vitoriosa, estamos à deriva, enquanto nosso futuro é decidido em reuniões secretas. Há ordens e pedidos para que nada seja exposto, com a exceção de uma lista de perguntas feitas a Tarso Genro.
Quando o governador eleito deslancha um projeto de engenharia política para acomodar 12 partidos sob seu comando, a sociedade deveria saber: com quem Sartori está conversando. Que tipos de compromissos está assumindo. Quem está sendo convidado. Quais os critérios das escolhas. Que projetos serão enviados à Assembleia. Que cara terá a máquina pública nos próximos quatro anos.
São questionamentos simples, diretos, óbvios. E mesmo que não haja resposta definitiva para eles, isso não justifica o vácuo total de comunicação.
Tenho a sensação de que o próximo governo está armando uma espécie de festa surpresa, na qual o papel dos eleitores é só pagar a conta. Nesse cenário, anúncios de nomes, de reformas e de medidas devem ficar escondidos, no escuro, para gritarem todos ao mesmo tempo quando as luzes se acenderem subitamente no fim do ano. Tomara que eu esteja enganado. Precisamos de tempo para digerir.
É compreensível que uma parte das tramas e das costuras seja feita em sigilo. Mas tudo? A tal ponto, que mesmo os nomes convidados para o secretariado - e já existem nomes - temem punição em caso de publicidade. O que há de tão secreto, de tão perigoso em se discutir publicamente a formação de um governo? Conflito zero é uma utopia se a promessa é fazer o Rio Grande avançar. José Ivo Sartori se elegeu com o slogan "Gringo que faz". Faz silêncio, por enquanto. Silêncio que autoriza a especular.
E isso não é bom.
Nem para ele, nem para ninguém.
Tulio Milman, Informe Especial, 19/11/2014
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sábado, 1 de novembro de 2014
Nossa História
Eu lhe devo isso!
Aí onde estás, fiques ciente de que não a desapontarei em seus últimos anseios e hei de proteger nosso rebento varão!